domingo, 24 de novembro de 2013

Penso, logo existo?


Certa vez Descartes disse:

“Penso, logo existo!”

Não me recordo à aplicabilidade dessa teoria em minha vida, para tanto, modifiquei-a para enquadramento:

 “Penso, logo Subsisto!?”

A existência esta pautada no ser, é inerente a este, mas como se pode existir se, na classificação humana as pessoas pensam em mera subsistência daqueles que não consegue entender, isso não apenas num âmbito centralizador de sexualidade por estar expondo minha subsistência, mas numa classificação obstante de gênero, qualificações que transpõem as barreiras do entendimento, somente para que alguns se sintam superiores, classe dominante, seres atrozes e donos do mundo.

Classificações que inibem pela aparência física, pela deficiência motora ou psíquica, pela beleza de sua face, mãos, pés, cabelos, pelo todo que possa existir distinto dos demais, causando a subsistência de muitos seres extremamente mais humanos que estes de olhares torpes e mesquinhos.

Penso, e como penso.

Penso nas noites tristes em que passei divagando sozinha sobre a subsistência a mim impetrada, a ausência da compreensão, não só social, mas familiar e pessoal, sim, pessoal.

Quando nos colocamos a pensar na subsistência nos vem os pensamentos de vazio e nos perguntamos: 

Quando foi que determinei esta escolha como todos dizem? Quando optei pela solidão e vazio que corroem meu ser, me destruindo aos poucos e me tornando obsoleta, me jogando num abismo sem fim?

Penso, e por pensar me encontro em profunda solidão, imensurável solidão, creio que não possamos ser pensantes, ou devemos?

Devemos nos espelhar na luta que muitos tiveram outrora, guerreiros que deram o sangue e suas vidas para que hoje muitos pudessem erguer bandeiras e bradar vitória, mas até quando?

Até quando nos encontraremos dentro deste vazio e lutas, nos tornando guerreiros de nossa própria liberdade, liberdade esta que nos é cerceada pelo que não escolhemos, pelo que não optamos, pela forma individua como vivemos ou, muitas vezes, fomos fadados a viver.

Me encontro só, nesse vazio, no fundo, onde a afirmação de sua total solidão, provinda de quem declara amor, dói, machuca, fere e magoa. Provinda de forma torpe, entre linhas virtuais, mata aos poucos, esmaga seus sentimentos e deturpa ainda mais o bem que queira fazer, sem olhar a quem, sendo suprimida de ter o bem feito pra si, isso dito por amor?

O amor não fere, não magoa, não machuca e não lhe deixa permanecer num poço, o amor constrói a escada para que a solidão se finde, arremessa a corda, mesmo correndo o risco de cair para que a pessoa amada não permaneça no poço.

Certa vez um sábio português me disse:

“Se tiveres um amigo a cair num poço, pegues uma varinha e tentes ajudar, se ele o arrastar, solte a varinha e deixe que vá, mas se o amas, te jogas, por que o amor, mesmo que por um estranho, vale a pena sempre.”

“Penso, logo inexisto!!!”

Inexisto por não poder experimentar desse amor que todos pregam, que dizem ter mas do qual somente ouço falar, um amor sombrio que machuca e fere, de qualquer lado, mata e corroe.

Creio que as pessoas tenham esquecido o que é amar nessa jornada árdua que tenham que traçar e, por incrível que pareça, eu ainda vou amar, mesmo em minha solidão, eu vou amar.


Amarei ao sol por me fornecer o brilho e o calor que preciso, amarei a lua por me dar noites pensativas e distante da crueldade humana, amarei ao próximo como a mim mesmo, mesmo que ele não entenda minha forma de amar, exortar e mostrar a forma correta para que não tenha os percalços que tive, mas brilhe como o sol, que jamais se apaga sem tirar a beleza dos outros astros, amarei o dia pela oportunidade de mais experiências, mesmo que estas não sejam boas, mas sejam minhas e me fortaleçam e amarei a vida por ser única para ser vivida e experimentada a cada amanhecer, cada anoitecer e cada dia, dias estes que, sem amor, de nada valem, serão apenas passantes e sombrios.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Adorável realidade.

Todas nós temos o sonho de ser como Cinderela, depois de tanto sofrer, em um lindo dia, fugindo de sua realidade dolorosa, das criticas, das palavras torpes, sair, ir a um lugar onde jamais imaginaria estar e, de repente, o impossível acontece: um lindo rapaz, jovem, atlético, gentil(gentileza cuja qual jamais sentira), a chama pra dançar e revela seu amor, sua intenção de ser seu para toda vida, te tirar do sofrimento, ser seu escudo, sua fortaleza.

Contos de fadas nos ensinam a acreditar, não no impossível, mas em si mesmas, nos fazem crer que tudo pode ser diferente, em algum momento de nossas vidas, como um sonho, um belo príncipe, alguém especial. Pena que não nos ensinam que, pra que um dia haja um príncipe, haverão muitos bobos da corte e sapos que só irão zombar de você, te fazer promessas que jamais serão cumpridas, te fazer chorar sem motivo, te fazer ver o quanto insignificante o amor pode ser quando despedaçado sem motivo.

Adorável realidade, não acham?

Nosso sonhos são destruídos todos os dias, a realidade nos bate a porta e nos mostra o quão frágeis podemos ser, nos tirando o chão e, por vezes, nos colocando em precipícios que jamais imaginaríamos existir, nos obrigando a transpô-los para que a arte da sobrevivência seja mantida, por vezes, muitos não conseguem obter êxito, se perdendo e morrendo por dentro.

O morrer é inerente ao ser humano, mas o cair no precipício, sem que possa se levantar, é doloroso, uma dor de silêncio, isolamento e solidão, sem nenhuma perspectiva de como voltar ao topo, de como escalar se não há forças que faltam pelo sofrimento da alma, da existência de ser.

Esquecemos que este morrer ilusório é por nós permitido, deixando que as pessoas nos causem tamanhas decepções, entrando e saindo de nossas vidas, às vezes apenas por palavras, gestos e demonstração de carinho, nos demonstrando intenções de apenas ser amável, mas, com a carência do ostracismo causado pelo abismo, nos doamos, cedemos e, novamente, nos machucamos.

Fatos que ocorrem hodiernamente, em todas as classes, cleros, sexualidades, raças, nacionalidades. Realidade de muitos que só querem uma simples migalha de afeto, sonham em ser mais do que chocalhos de bobos da corte, pensam em ter o lindo sonho de Cinderela ser, um dia, se sentir completamente amada, protegida e segura.

Divagando pelos caminhos que possuímos, nos deparamos e nos depararemos com muitos que um dia poderão não ter sido nada mais que apenas palavras desferidas de sonhos, continuemos caminhando, passarão mais milhares que, apenas por um momento fútil de satisfação, lhe farão juras eternas, e eu digo:

"Acredite, todo ser humano nasceu para ser amado"

Mesmo que em minha idiossincrasia acredite que não nasci para ser amada, mesmo que eu tenha sofrido tantos desalentos da vida que não creia mais no amor, sempre direi:

 "Acredite, todo ser humano nasceu para ser amado"

E poderá vir a indagação:

"Se lhe é crível que todo ser humano nasceu para ser amando, por que não lhe é concebível?"

A resposta nada mais é do que minha simples e adorável realidade de ter acreditado em tantos bobos da corte, imaginando serem príncipes, que meu coração se tornou despedaçado, se tornou tão depredado que não creio que o amor destinado à mim possa existir, tantos "sapos", tantas sonhos desfeitos, tantas promessas profanas que causaram-me sofrimento, portanto, não creio que o dito amor seja uma realidade palpável por mim. A solidão tem-me sido companheira, em noites de lágrimas e quarto escuro, tem me feito repensar sobre tantas coisas que me deixei passar por crer no amor, por acreditar nas pessoas, meus falsos príncipes que jamais passaram da imagem de sapos dos contos infantis. Fui usada, maltratada, usurpada de meus sentimentos, mas, ainda assim enfatizarei:

 "Acredite, todo ser humano nasceu para ser amado"


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ando com medo do amanhã.

Será que um dia poderei ser amada, desejada além de apenas um corpo, uma carne, bem mais, com espirito que realmente tenho, cumplicidade, tendo seus maiores desejos arrancados e postos em prática.


Alguém que me acorde com um café na cama, postando uma flor ao meu lado apenas para que eu possa recordar que alguém ali esteve.


Uma pessoa que queira partilhar momentos bem mais que somente entre quatro paredes, uma vida a dois, sem se importar com a hipocrisia dessa sociedade que assola nossos sentimentos e nos faz perecer no ostracismo, só por sermos de sexualidades diferente.

Por quê?

Pergunta esta tão breve mas com anos de preconceito explicativo, motivos baseados em falácias e balelas de um conceito mal formado sobre a normalidade e naturalidade do ser humano.

Me sinto só.

Sinto-me com um vazio gigantesco, um poço que nos faz lembrar, por muitas vezes, que muitas de nós acabam só, na companhia de algum animal de estimação que não supre o amor necessário a existência humana, ao limite do amor que podemos dar, oferecer, doar, demonstrar e surpreender.

Me sinto só.

Só na imensidão desse mundo, no vazio de minha casa onde habito na solidão, onde apenas o barulho de minha televisão me faz companhia, me chama a atenção por vezes, mas nada que me complete.

Me sinto só, muito só.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Since, like incredible things are......

Ás vezes me pego pensando se a vida seria apenas isso ou eu poderia pedir um pouco mais de meu limite para que ela fosse diferente.

Me deparo com situações que a razão desconhece ou tenta me cegar para que eu não seja ferida nesta batalha, mas o que seria de uma vida sem marcas de luta e títulos de conquista.

Conquista de ideais e convicções que tenho e que virei a ter, sei que será difícil vir a ter bem mais do que eu possa imaginar, mas sei que virão e me assustam, coisas sem causas e causas sem razão, mas virão.

Tento reescrever o sofrimento e reverter-lho em consciência, ideologias e formas de esquiva para batalhas que se prostram, mas muitas dessas esquivas são falhas, mesmo que eu as aprimore, elas sempre falham, ainda mais na arte do que chamam amor.

Todos temos o direito de amar, ninguém quer se condicionar á solidão apenas por convicções e esquivas de sofrimentos já tidos que apenas nos faz crescer e ser fortes nessa arte, mas a vida sempre nos prega peças que pensamos já ter visto e vivido, mas não, ela nos surpreende sempre, com novidades e pessoas que tomam nossas vidas de uma forma que se torna impossível uma saída e temos que encarar e ver se desta vez teremos mais uma cicatriz ou uma forma de curá-las.

Estranha á forma como eu consigo escrever estas linhas sem o menor ressentimento de já ter sido cauterizada por sofrimentos passados e começo ainda a pensar se posso mesmo encontrar um príncipe como o que se prostra a minha frente, imaginando se não será apenas mais um sapo que trará decepção e asco, isso é deveras estranho a meu ver, estando preparada sempre para o melhor e evitando novas emoções por ainda ter marcas na pele cicatrizando por sapos que sempre se prostram de príncipes mas só me feriram com as pontas de suas coroas de espinhos.

Eu sei que amor é uma palavra linda porem obscura, onde muitos covardes procuram se esconder apenas para suprimir sentimentos alheios e ostentar o balaustre da mediocridade internalizada, acreditando que nada mais poderá acontecer, magoando e machucando vidas, ceifando sentimentos e nos condicionando a acreditar que esse é um sentimento que não existe, a não ser o amor de nossas progenitoras.

Não me atenho a persistir, creio que será simples se acontecer e saberei retribuir com a mesma devoção que a mim será dedicada mas, se ocorrer, espero que seja natural e sincero, sem delongas e sofrimentos, palavras ao vento e convicções inconvenientes que proverão de sentimentos fúteis e inferiores como o ciúme, cautela e medo de se entregar.

Espero um dia saber o significado útil de tal palavra além da progenitoriedade incondicional, poder viver intensamente essa emoção e aprender bem mais sobre nobre sentimento que nos faz sofrer, acreditando que por esse sentimento poderemos ser pessoas melhores e mais felizes, completas e perfeitas.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Superando...........

Muitas vezes paro para analisar coisas do cotidiano, pessoas de tenho em minha vida, dificuldades para alcançar meus ideais e vencer tudo isso.

Sempre que o faço, não paro para pensar em tudo que passei para conquistar o que chamo hoje de vida ou como cheguei onde estou, quantos amigos fiz, quantas pessoas magoei por uma simples palavra ou sorriso irônico, quantas lagrimas custaram à superação de obstáculos para chegar onde cheguei, sem refletir ainda na experiência que adquiri por causa disso mas, ainda assim, tenho medo de novos e novos desafios, desafios esses que sempre me faz pensar em que sou.


Quem sou ?!?!?!?!?!?!?!

Tenho feito esta pergunta nos últimos dias... será que eu sou tudo aquilo que penso e acredito???

Confesso que não cheguei numa resposta plausível, talvez tenha me perdido em uma das curvas da vida, curva esta que me ensinou muito sobre o que é ser humana e que me faz pensar sobre amizade.

Amizade, palavra estranha, porém fácil de ser pronunciada, podendo nos confundir em uma reta e jogar para fora da pista, outras podem te ajudar nas curvas mais sinuosas dessa estrada com final incerto e fazer companhia nesta solidão que é viver.

Penso ser bem mais que imaginam, sou bem mais que sonhei e sei que posso ser bem mais do que esperam, mas penso que tudo tem um porque, sendo um teste de quais caminhos realmente posso traçar para ser quem sou e quão alto posso voar, mesmo que tentem quebrar minhas asas com pesos que jamais imaginaria carregar.

Sou assim, muitas vezes quieta, outras soltando risos ao vento, mas sempre pensando em como alcançar meus ideais, sem que para isso eu possa ferir ou maltratar alguém, apenas com meu caráter e competência, esperando que muitos vejam meu sucesso, mas poucos reconheçam o suor de meu trabalho e determinação.... mas, de uma coisa eu tenho certeza: não faço fita... não sou hipócrita, não finjo ser... eu sou aquilo que sou e assumo! Não sou incógnita!!!

Sou transparente e limpa! Só não quero tédio, odeio a normalidade!

Essa sou eu, apenas Amanda Anderson, uma pessoa que acredita cada vez mais que o amanhã possa ser diferente, possa ser algoz, completo de realizações, caridade e amor ao próximo, acreditando que, acima de tudo, pessoas comecem a ver alem de um palmo de seus narizes, possam ver que existem pessoas que lutam, sem hesitar, com sonhos de realizações por dias melhores.

Minha palavra favorita é SUPERAÇÃO! Procuro utilizar essa palavrinha em todos os aspectos da minha vida, pois só com ela mantenho a esperança viva em mim.

Dessa forma, procuro estar com pessoas que eu gosto, pessoas que me acrescentam, que tenham um sorriso amigo e um olhar de sinceridade a oferecer

Poderia apenas refletir que cheguei e que sempre posso mais, mas sempre me amedronta saber que estou sendo analisada a cada dia de minha vida, em cada instante, sendo testada em todos os meus limites e possibilidades, sinto medo, mesmo sabendo que somos superiores a tudo isso e, sabendo também que sempre vou transpor esses muros sem dificuldade.